quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O Preço

(perdão pelo teor do texto,
não se repetirá,
mas achei que ficou bom)






Ela está nua.
Uma mão agarra-lhe a nuca
com força, e desce por seu pescoço.
Encontra seus seios rígidos,
e neles se detém.
Volta a descer, ladeia seu corpo,
apalpando-lhe a coxa firme, porém macia.
Não basta-lhe a bela perna,
não é o que procura, sabe o que é.
Sobe em direção a seu objetivo.

Finalmente. Finalmente a procura acaba...
Perde-se, então, em seu íntimo,
não há como contê-la.
Um sussurro, um quase inaudível gemido.
Aquela mão... determinada, impetuosa.
Aquela mão lhe possui, possui seu corpo.
O êxtase chega, ela desfruta alguns segundos
de prazer, e ele logo vai embora.
Ela olha ao redor. Está na cama,
não há ninguém em volta, apenas ela.
A dor vem. Sente pena de si mesma,
pois sabe que pagou o preço,
o preço de ser sozinha.
E.N.

6 comentários:

Uma Delirante nada discreta. disse...

O luar vem em seguida ;)
E nda como um pôr do sol para revigorar as energias!
Terá uma nova postagem daqui a pouco eu acho.. É que estou trabalhando e o movimento por aqui está aumentando! Belíssimos textos, como sempre! Beijo

Anônimo disse...

Fazia tempo que eu nao lia um texto tao forte. Não, minto. Poderoso é a palavra ideal.

Anônimo disse...

Não julgue tão mal sua própria obra...mas também não a vanglorie demais. O texto ficou muito bom...diria, continue e não se prive de publicá-lo.

Nana Lopes - @Nanamada disse...

Obrigad pelas gentis palavras .
E sucesso em seu blog!!
Boa semana!

Anônimo disse...

Esse poema foi meio... forte... vale ressaltar. Como é a primeira vez que venho ao seu blog, devo dizê-lo que adorei o poema 'Covarde'. Você escreve muito bem.

Gosta de Augusto dos Anjos?

Gregory Vancher disse...

Muito bm escrito. Gostei tanto da sensualidade e da solidão expostos,em suas devidas doses, no texto.

http://clik.to/otherside